A Costa Nordestina Brasileira é rica por sua beleza e biodiversidade. Quem já esteve em alguma praia daquela região, sabe do que eu estou falando. Agora, imagina uma ilha, a aproximadamente 350 quilômetros de distância desta costa, com uma estrada (BR 363) de 7 (sete) km de extensão e uma natureza ainda mais rica. Estou falando de Fernando de Noronha.
Uma das primeiras coisas a se pensar antes de embarcar para este destino é a reserva antecipada e em qual época do ano será o passeio. A época da seca, que vai de agosto a fevereiro, é a de mais movimento na ilha, que é diferente da época chuvosa, de março a julho. A única estrada asfaltada é a citada acima, que liga o Porto a praia do Sueste, e as demais todas de terra, onde ficam péssimas nas épocas de água.
Uma outra coisa muito importante para esta viagem, são os seus custos. Por estar distante e depender de embarcações ou aviões para o transporte, as mercadorias comercializadas na ilha podem custar de 30 a 100% a mais, em relação a outros locais turísticos. Dinheiro em espécie deve ser levado, pois no local há apenas um caixa eletrônico, uma casa lotérica e duas agências de banco, uma do Bradesco e outra do Santander.
Não vamos falar de levar exatamente tudo na viagem, mas coisas mais importantes como remédios, protetor solar e itens de higiene pessoal, não devem ser esquecidos.
Para a locomoção na ilha, entre as praias, o turista deverá fazer o trajeto de ônibus, pela rodovia, e um pedaço a pé, até a praia. Ou optar por um outro meio de deslocamento entre os diversos pontos da ilha, que seria de taxi ou de buggy, mas este pode chegar até R$ 600,00 na alta temporada. Mais uma opção seria aluguel de bicicleta, mas o turista deve ter um bom preparo físico, pela topografia e as dificuldade das estradas. As condições das bikes podem deixar a desejar.
Na ilha, temos a Igreja de Nossa Senhora dos Remédio, temos vários vilarejos e temos muitos pontos de alimentação, onde a culinária com frutos do mar se destaca. A noite chega, e os barzinhos viram as mais diversas baladas, cada uma com a sua história e o seu público alvo. Destaque para o "O Pico", a Pizzaria Muzenza e o Bar do Cachorro.
A ilha também oferece o Parque Nacional Marinho, mas um ingresso deve ser adquirido para a sua entrada. Esse valor pode ser economizado para quem não quiser visitar o parque, mas, ao chegar na ilha, a Taxa de Proteção Ambiental será obrigatória. em 2019 esse valor era um pouco mais de R$ 70 por dia e o ingresso do parque R$ 106 para nós, brasileiros, e de R$ 212 para estrangeiros.
Passeios de barco e uma visita ao projeto de proteção as tartarugas marinhas podem ser feitos, mergulhos em alguns lugares e em determinados horários podem ser outra ótima opção de entretenimento e uma bela relaxada em uma das 13 (treze) praias da ilha entram na visita. O que não pode acontecer é alimentar qualquer tipo de animal ou cometer qualquer crime ambiental. A multas podem chegar a R$ 10.000.
Uma ótima dica que eu deixai para o final, mas sendo a mais importante, é uma visita ao, já citado, "Projeto Tamar", que disponibiliza palestras para conscientização ambiental falando de diversos assuntos, onde, além das tartarugas, golfinhos e tubarões, o lixo no oceano, a geologia do arquipélago e a vida na ilha são os assuntos diários em pauta, sempre as 20 horas e com duração de aproximadamente 90 minutos. Sempre gratuito!
Visitar a ilha de Fernando de Noronha, pode ser uma opção cara em relação a outros pontos turísticos, mas se torna barata quanto comparada a sua beleza em tão pouco espaço de terra!
Boa viagem!
Fernando Ferreira Dias Junior
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